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Rio Madeira atinge nível histórico abaixo de 1,20 metro, ameaçando Porto Velho com estado de emergência

A seca no rio afeta comunidades ribeirinhas e força o desligamento de hidrelétricas e linhas de transmissão

Na noite da última quarta-feira, 4, o rio Madeira, vital para a região de Porto Velho, alcançou um nível alarmante, marcando uma marca histórica abaixo de 1,20 metro. Essa condição sem precedentes coloca a capital em alerta, com a possibilidade de declarar estado de emergência se o nível não se elevar nos próximos dias. A situação crítica já afeta tanto a população local quanto a produção de energia na região.

A seca que assola o rio Madeira nos últimos meses alcançou um ponto preocupante, levando a uma série de recordes de baixa no nível das águas. Na última quinta-feira, a Defesa Civil Municipal reportou que o rio atingiu 1,19 metro na régua de medição, o valor mais baixo já registrado, desencadeando preocupações sobre o abastecimento de água e a geração de energia.

As comunidades ribeirinhas são as mais afetadas por essa situação. Mais de 15 delas, que dependem de poços amazônicos, estão enfrentando a escassez de água potável. Estima-se que cerca de 15 mil pessoas em Porto Velho estão sem acesso à água devido à seca.

A situação levou ao desligamento da hidrelétrica de Santo Antônio, uma das maiores do Brasil, devido à baixa vazão de água no rio. Essa medida também afetou o Linhão do Madeira, uma das principais linhas de transmissão de energia do país, que foi desativada para priorizar o abastecimento de energia em Rondônia e no Acre.

Diante da gravidade da situação, uma reunião de urgência foi convocada na “Sala de Crise” com representantes de órgãos que monitoram as bacias dos rios na Amazônia. Agências como a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) estão discutindo as medidas a serem tomadas para enfrentar essa crise.

A seca histórica no rio Madeira representa uma ameaça séria para a capital e suas comunidades, exigindo uma resposta rápida e coordenada para garantir o fornecimento de água e energia. Este é um momento de unir esforços e tomar ações imediatas para mitigar os impactos e proteger a população.

Fonte: RO em Pauta

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